quinta-feira, setembro 27, 2007

A ode dos canalhas

Vivem entre nós grandes campeões:
príncipes na sua vida;
juízes da vida alheia;
reis das casas de todos os botões.

Puros seres celestiais;
semideuses do Olimpo terrestre.
Há em todos eles um mestre,
capaz de todas as façanhas geniais.

Em todas as gerações nascem fornalhas
destes heróis da nação.
Terão eles todos a razão,
estes canalhas?

Vivem entre nós grandes campeões:
príncipes na sua vida;
juízes da vida alheia;
reis das casas de todos os botões.

Grandes alpinistas do infinito;
nadam oceanos e mares;
voam. Eles voam pelos ares;
dizem tudo num só grito.

Por eles todos os sinos dobram,
assim como dobram todas as mulheres,
colhendo inúmeras flores -
tantas que nos seus jardins já sobram.

Fazem de nós e nossas falhas:
póstumos mortais de vil coração.
Terão eles todos a razão,
estes canalhas?

Vivem entre nós grandes campeões:
príncipes na sua vida;
juízes da vida alheia;
reis das casas de todos os botões.

Nobres, jamais se dignam a pensar,
pois vivem no reino da felicidade.
Deixando arder a insustentável simplicidade
para os reais filósofos queimar.

E, enredados pelo destino e suas malhas,
os valorosos pensadores pensam - eles pensam!
Terão eles todos a razão,
estes canalhas?

terça-feira, setembro 11, 2007

ADeus avô!

Ah meu querido avô,
que partiste.
Deixaste-me só!
Deixaste-me triste!
Trepaste o cipreste
até ao firmamento.
E, assim, pereceste
num sombrio momento.
A tua voz, o teu abraço,
qualquer teu movimento,
mesmo um simples um passo:
viverá no meu pensamento!
Fecharei os olhos
sempre que te quiser ver.
Mas nunca, nunca
te irei esquecer...

A ti avô