segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Às vezes...

Às vezes penso em mim e no que sou.
Às vezes penso em todos nós e no que somos.

Pergunto-me:
Se o mundo pára quando morremos?
E por quanto tempo parará o mundo quando eu morrer?
Quando tu morreres?

Às vezes penso que somos uma máquina.
Vejo as rodas,
Vejo a corrente que as envolve,
Vejo as alavancas,
Vejo os operários que vêm só porque somos a máquina
Que têm que olear.

Às vezes até vejo a fábrica
Vejo o mundo.

Mas, às vezes…
Às vezes não vejo máquina alguma.
Não vejo operários nenhuns.

Às vezes só vejo uma roda,
Uma corrente.
Às vezes vejo que sou só um dente dessa roda;
E quando um dente desaparece a roda não pára,
A corrente não pára.
A fábrica não pára.

O mundo não pára.